“Afrofuturismo não é para africanos que vivem na África’ – um ensaio de Mohale Mashigo, extraído de sua nova coleção de contos, Intruders”. LIVRO: Intruders, por Mohale Mashigo,
Picador Africa, 2018
“Ficção especulativa que aborda temas afro-americanos e aborda preocupações afro-americanas no contexto da tecnocultura do século XX – e, de forma mais geral, a significação afro-americana que se apropria de imagens da tecnologia e de um futuro proteticamente aprimorado – pode, por falta de um melhor termo, ser denominado ‘Afrofuturismo’.”
“Este foi o meu desafio particular ao escrever histórias baseadas no futuro. Não sou fã de distopia (embora às vezes pareça que a estamos vivendo) nem acredito na utopia; mas acredito que existe um lugar entre os dois onde os sul-africanos podem viver em um futuro livre da supremacia branca (por favor, não discuta comigo; não estou interessado em sua falácia de racismo reverso) e pobreza. Para mim, imaginando um futuro por onde nossos idiomas e culturas trabalhem com tecnologia para nóspara, como diz Miriam Tlali, ‘expor o que sentimos por dentro’, tive de recorrer ao folclore sul-africano e às lendas urbanas. Como eu poderia não voltar às nossas histórias incríveis sobre mutlanyana (coelho) enganando um leão faminto, em busca de inspiração? Ou ‘jazz’ lendas urbanas: o cavalo sem cabeça chamado Waar é o meu Kop (Onde está minha cabeça) que aterroriza crianças pequenas, ou o lindo fantasma de uma jovem chamada Vera que assombrava as estradas de Soweto à noite, fazendo com que os jovens saiam da estrada?”.
Fonte: httpss://africaatual.com.br/wp-admin/post.php?post=1496&action=edit