“O empresário milionário Cosmas Maduka começou como aprendiz no esquema de aprendizagem igbo.”(foto fonte BBC)
Esta é a filosofia Igbo:
“onye a hana nwanne ya” (não deixe seu irmão para trás) é vista como um princípio orientador do programa.
“A comunidade igbo da Nigéria tem a reputação de ter empresários muito bem-sucedidos – em parte graças a um esquema de aprendizes administrado pela comunidade que emergiu das ruínas da guerra.”
Um exemplo deste modelo de formação de empreendedores está narrado na história abaixo, descrita na matéria da BBC:
“Um sorridente Onyeka Orie, 28, parece a imagem da felicidade em sua loja de acessórios para celulares na chamada “Computer Village” (vila dos computadores), na principal cidade da Nigéria, Lagos.
A loja e tudo que havia nela foi dado a ele por seu ex-chefe depois que o Orie trabalhou para ele sem receber pagamento por vários anos, enquanto aprendia o ofício.
“Servi meu oga [chefe] por oito anos. Meu oga me deu esta loja. Eu estava administrando a loja por quatro anos antes de ele me dar. Não esperava isso”, diz Orie.”
Noutro trecho da matéria, a reportagem continua a citar: “Assim, depois do ensino médio, ele se juntou a outros jovens igbo para aprender um ofício sob um programa de aprendizes conhecido como “Igba Boi” – uma prática em que jovens, principalmente meninos, deixam a família para viver com empresários de sucesso.
Espera-se que os meninos “sirvam” ao chefe, fazendo tudo por ele – incluindo lavar seus carros e cuidar de suas tarefas domésticas. Em troca, eles adquirem habilidades para a vida e são ensinados a administrar um negócio. Eles também recebem comida e um lugar para morar.
No final de um período combinado, o patrão entrega capital para os aprendizes abrirem o seu próprio negócio.”
Por fim, este é um projeto que indica aos formadores e empreendedores brasileiros uma releitura de suas metodologias.
Conforme a matéria:
‘Um exemplo para a África’
A Fundação de Patrimônio Cultural Odinala, de Okoro, está procurando institucionalizar o esquema Igba Boi para minimizar o risco de inadimplência dos acordos.
“Um sistema institucionalizado teria respaldo da lei e não seria apenas algo entre os comerciantes e o aprendiz e sua família”, afirma Okoro. “O aprendiz até irá obter um certificado depois de seu aprendizado.”
Você pode pesquisar a matéria por completo na fonte:
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-57114408