O carnaval brasileiro é uma manifestação cultural com fortes raízes culturais advindas
dos países em África. Esta é uma afirmação incontestável e popular.
O que muitos admiradores da cultura brasileira e africana vem acompanhando com
curiosidade é ampliação da exposição ativa sobre os 54 países africanos em vários
enredos das escolas de Samba, em inúmeros desfiles em vários estados brasileiros.
A Escola de Samba Beija-Flôr, de Nilópolis, Rio de Janeiro é uma destas belas
demonstrações, em 2015 o tema de seu enredo foi a Guiné Equatorial, com seus
carros alegóricos expressando suas cores, danças e estilos culturais.
Neste mesmo ano, 2015, a famosa Imperatriz Leopoldinense assume um tom
politizado, ao escolher homenagear o líder mundial Nelson Mandela para seu enredo.
As suas alas citavam a luta contra o aparthaid e a luta contra o preconceito.
Em 2024 uma inovação de conexão com a África ocorreu no carnaval de Salvador,
Bahia. Com a embaixada de Gana patrocinando o camarote Casa de Gana. Esta
iniciativa contempla inúmeras programações culturais e intercâmbios, trazendo uma
comitiva ganense com empresários, músicos, artistas lideranças do país ao Brasil.
Abrilhantando o carnaval baiano com projetos de gastronomia, arte, palestras, músicas
e danças.
Para este ano, 2025, a Escola de Samba Tom Maior, de São Paulo faz homenagem ao
país Angola. Em celebração aos seus 50 anos de independência. Como estes
enredos, há dezenas de outros exemplos em todos os estados da federação.
Seguindo esta tendência, o professor Odair Marques da Silva, em seu livro “Atlas
Geocultural da África” incrementa informações preciosas aos que desejam se
aprofundar nos conhecimentos sobre esses países. Como bem percebida na escolha
temática no ENEM de 2024, o carnaval e as escolas de samba expressam a tendência
dos brasileiros em desejarem ampliar suas conexões, intercâmbios e conhecimentos,
com os 54 países africanos.