Novidades sobre a modernidade nas culturas africanas

  • Publicado
  • Publicado em Blog
  • 2 minutos de leitura

Em pleno século XXI, celebrando os 22 anos da promulgação da Lei 10.639/03, homenageando a efeméride nacional do 20 de novembro, nos deparamos com o desconhecimento que possuímos sobre os países do continente africano. Quando se faz uma singela pergunta: Quando se ouve a palavra África, o que te vem à mente? Muitos citam os animais e natureza, os conflitos étnicos, as danças e cores, a vida tribal e muito fortemente as imagens relacionadas à fome e a pobreza.

Apesar dos esforços da Fundação Palmares, da Universidade Zumbi dos Palmares, de organizações como Geledés, Feira Preta, Reafro, Movimento Black Money e centenas de outros, o imaginário social brasileiro sobre o continente é o mesmo de dezenas de anos atrás. E, fica a pergunta: quais os motivos desta desinformação?

Nestes requisitos, um pesquisador brasileiro tem se destacado nas publicações e palestras sobre a modernidade e o desenvolvimento que avançam aceleradamente sobre o continente africano, o Prof. Dr. Odair Marques da Silva acaba de lançar o livro “Afrifuturismo e Afriotimismo”, pela Editora Eiros, a apresentar conceitos e informações que raramente percorrem nossos livros e mídias sociais. Observe a curiosidade do prefixo afri, enquanto muitos materiais optam por afro. Esta publicação, rica para os formadores do ERER (Educação para as Relações Étnico-raciais) encontram uma sequência inovadora de verbetes e informações pouco citadas e que podem enriquecer o repertório cultural dos leitores. Temas como panafricanismo, o modelo Indaba de vida comunitária, o Kebra Nagast enquanto movimento sociocultural, o cinema africano e Nollywood, a importância da comunidade e da colaboração no Igwe Buike e a cultura Igbo, o Kuku Kianguingué e os Adinkras, nas sabedorias e filosofias centenárias, o Ujamaa e a comunidade dos saberes, o quanto nosso individual está ligado ao bem-estar coletivo no Ubuntu, a pedagogia do Nkà que ensina a importância do “saber vem do olhar”. Além de desenvolver as prioridades e metas da União Africana (UA) e as proposições da Agenda 2063.

Enfim, é impressionante o volume de informações inovadores que a leitura desse livro oferece aos leitores, à uma ambiência saudável ao letramento racial e ao mundo africano contemporâneo, também cabe citar o belo livro “Atlas Geocultural da África”, de mesmo autor, na medida que apresenta os 54 países em África de forma protagonista e construtiva. Nestes tempos em que se preconiza a importância da ampliação de nossos repertórios culturais, a leitura de “Afrifuturismo e Afriotimismo” se perfaz presente!

Deixe um comentário