CONSEQUÊNCIAS DO COLONIANISMO NAS COLONIAS AFRICANAS DOS FRANCESES

Por Comendador José Ferreira de Moraes

O franco CFA foi criado em 26 de dezembro de 1945. O motivo de sua criação foi a fraqueza do franco francês imediatamente após a Segunda Guerra Mundial. Quando a França ratificou o Acordo de Bretton Woods em dezembro de 1945, o franco francês foi desvalorizado para estabelecer uma taxa de câmbio fixa com o dólar americano. 

Novas moedas foram criadas nas colônias francesas para poupá-las da forte desvalorização, facilitando assim a importação de mercadorias.

O franco CFA – Franco da Comunidade Financeira da África, originalmente Franco das Colônias Francesas na África, ou coloquialmente franco; abreviação: F.CFA é o nome de duas moedas, o Ocidente Franco CFA africano, usado em oito países da África Ocidental, e o franco CFA da África Central, usado em seis países da África Central.

O pior de tudo é que apesar das duas moedas serem suportadas pelo Tesouro Frances elas só circulam nas respectivas zonas para onde foram criadas, ou seja, o FCFA da zona UEMOA (composta por 8 países da África ocidental) e não pode circular na zona CEMAC (composta por 6 países da África central) e vice-versa impedindo assim a realização de trocas comerciais entre as duas zonas e como consequência a integração das suas economias.

Sem dúvida o Franco CFA e um instrumento muito perigoso da manutenção da dominação colonialista francesa para os países que adotaram o F CFA como suas moedas. Com ele a França mantém um controle das economias dos países das duas zonas econômicas.

A França é considerada uns dos Países que mais teve domínio, chegando a 10% da área terrestre.

A FRANÇA, ocupa 7º lugar com maior poder econômico do mundo.

Vou transcorrer em algumas linhas um draft das 14 Colônias Africanos que transformaram em Países independentes, mas que, continuam economicamente escrava do sistema econômico francês.

Ainda persistem o neocolonianismo vivo e regente da França sobre os 14 Países Africanos economicamente com o domínio do Franco CFA (Franco CFA Ocidental e Central) com emissão e controle do Banco Francês e todas as taxas são controladas pelo Banco Central Europeu. Isto, tem prejudicado o desenvolvimento social e econômico de cada País e vem alimentando a grande França economicamente mantendo dentre os primeiros Países mais rico, mas a nova era econômica não permitir respeitar acordos colonialista firmado na era Colonial, como mantém a França  em relação aos Países abordados nesta informativo,  não pode continuar, temos que engajar  na nova era econômica mundial para acabar com acordos firmados em 1959 pela França e por isso que temos grandes projetos de parcerias e compromissos com  o Continente Africano.

Em meados da década de 50, onde a Ásia e África estava passando por um movimento ante Imperialismo, onde inúmeras Colônias conquistam suas independências através lutas armadas. A França com um golpe sujo e muito bem planejado fez um Acordo de Cooperação para independências das Colônias Africanas a partir de 1959.

 O Presidente Francês Charles de Gaulle, propôs um Acordo para independências sem lutas armadas as 14 Colônias, atrelados um instrumento permanente chamado de Acordo de Cooperação, explicado a seguir:

LADO FRANÇA:

Cooperação na área Militar, Educação e Econômica

LADO COLÔNIAS:

  • Permanente exploração de Recursos Minerais;
  • Permanência Militar (acordos);
  • Moeda permanente de circulação Franco CFA. 

Na época o Franco CFA, atrelado ao Franco Francês e hoje atrelado ao Euro.

Parte deste Acordo também, os Países serão obrigados a depositarem em Bancos Franceses:

  • 50% de sua reserva internacional no tesouro nacional francês;
  • 20% do Passivo Financeiro;
  • 30% ficando apenas para o País, para seu desenvolvimento Social e Econômico, isto inaceitável.

 Mediante este acordo, permaneceria o colonialismo francês e prova deste conceito foi a fala do ex-presidente da França Jacques Chirac “Temos que ser sinceros e reconhecer que grande parte do dinheiro em nossos bancos vem justamente da exploração do Continente Africano”. Outro:

Ex Presidente François Mitterrand “Sem África a FRANÇA, não teria história no século XXI”.

As 14 Colônias que se tornaram independentes “PAÍSES”:

ZONA UEMOA (Franco CFA Ocidental): Benin, Burkina Fasso, Costa do Marfim, Mali, Níger, Senegal, Togo, Guiné Bissau “a partir de 1997, aderiu a zona CFA”.

ZONA CEMAC (Franco CFA Central: Gabão, Chade, Congo, República Centro Africano, Camarões, Guiné Equatorial “aderiu a partir de 1984”.

Há acordos firmados com as autoridades de alguns Países Africanos e Zonas (UEMOA, CEDEAO e CEMAC), para aplicação do desenvolvimento Social e Econômico visando a nova Ordem Mundial, objetivando a melhoria da qualidade de vida do povo africano e proporcionando o direto do tema AFRICA VIVE e concomitantemente alinhavados na parceria e compromissos empresariais/investimentos e entre outros.  Estamos fortemente alinhados neste projeto junto a Guiné Bissau, dando o ponta pé inicial com apoio e firmamento com as autoridades da Presidência da República, na Assembleia dos Deputados o Deputado Rui Duarte e o nosso Excelentíssimo Juiz Presidente do Supremo Tribunal de Justiça o Sr. Npabi e a no Diretora do Banco Central a Vossa Excelência Sra.  Helena e com as Forças Armadas e os demais Ministérios e inclusive com a Câmara Municipal, tendo como base principal do projeto do Bloco UEMOA a princesinha do Continente Africano a Guiné Bissau.

As consequências deste acordo, vem prejudicando o desenvolvimento econômico e social, alimentando cada vez mais a miséria e o desenvolvimento humano. 

Desde 1994 o crescimento vem na casa de 1,5% a.a., inaceitável este indicar para os padrões da nova era do desenvolvimento econômico, humano e de uma Nação e por isso que estamos juntos nesta batalha da igualdade e engajado na distribuição de riqueza.

E este acordo vem se reafirmando nos dias de hoje com laço escravista da França na exploração sem limite, como vem sendo notificado nos documentários e informativos o direito da exploração da França em Petróleo, Diamante, Ouro, Minério de Ferro, Urânio e entre outros Minério Nobres do Continente Africano, cito alguns movimentos de não aceitação deste acordo pelos Países: 

O ex-presidente da Guiné Conacri Abned Sékae Toré, disse: “Preferiria um País pobre com liberdade, do que um País rico sem Liberdade”.

Isto irritou o Presidente da França e houve retalhação:

Cancelou a pensão dos Veteranos que havia lutado na guerra da França;

Destruíram toda infraestrutura no País;

Inundaram toda economia com Notas Falsas da moeda Guinense.

 Este foi o recado da França aos Países que quisesse se rebelarem contra o Acordo firmados entre as partes.

Dando um passo adiante em 1963, o Ministro Sylnanus Olympio, então Ministro do TOGO, foi assassinado por lançar uma moeda independente. 

Desde a década de 60, a França realizou mais de 40 intervenções militares nos Países do Acordo.

Veja a força da França, continua até hoje, exemplo na Costa do Marfim, os serviços vitais para sociedade de povo, estão nas mãos dos poderosos Franceses com a prestação de Serviços essenciais a uma sociedade como: Água, Eletricidade, Transportes, Aeroportos, Portes, Bancos, Telefonia e ente outros, todos sob comando dos poderosos das autarquias francesas no âmbito empresarial privado e autarquias públicas. O poder continua nas mãos dos Escravistas.

Cito: Em 2019 o Vice Primeiro-Ministro da Itália Luigi Di Maio, disse “Se a França não tivesse as suas Colônias Africanas, porque é assim que elas deveriam ser chamadas, seria a Décima Quinta maior economia do mundo, ao invés disto está entre as primeiras, precisamente por causa do que faz na África”.

A Primeira-Ministra da Itália Georgia Meloni, disse: “A solução não é levar africanos para Europa, a solução é libertar a África de certos europeus que a exploram”.

O PIB da FRANCA é de 3 Tri de dólares e é a 2ª maior economia da Europa, mas se deixar a exploração na África a sai economia seria reduzida pela metade.

Como ponto importante: O Franco CFA foi introduzido nas Colônias desde 1930 e permanece como moeda circulante.

Há uma nova demanda no desenvolvimento de uma nova moeda para os Países membros do Franco CFA chamada de ECO em substituição ao Franco CFA com a participação da França, mas continua a controvérsia, a França deixará de gerir o Franco, será convertido em Euro com câmbio fixo e deverá ser implantado até 2027, tem que rever se não permanecerá o sugamento dos recursos naturais e de desenvolvimento continuar alimentando a grande nação Francesa.

Enfim, não podemos deixar as grandes mentes e os grandes celebres foram forçados a sair do seus Países de origem, para buscarem oportunidades e engrandecer as grandes Nações como Europa e Outras, temos um compromisso Social e Econômico com o Continente Africano do retorno destas celebridades aos seus Países de Origem, através de nossos compromissos comerciais e humanistas a serem implementados no Continente. 

Ponto importante nesta reflexão, pela grande mudança da Ordem Mundial, inclusive Ruanda e Mali mudança a língua Francesa e não utilizam mais como língua oficial.Refrão vivo hoje: “ÁFRICA VIVE”.

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