Notícias Africanas #25

Notícias Africanas
Conexões Brasil e Áfricas
Número 25 - Maio/2025

Afropedia, projeto incentivado pela Wikipedia para verbetes da África e afrobrasilidade

Na noite de quarta-feira, 21 de maio, a partir das 19h, estudantes do curso de Publicidade e
Propaganda da Universidade Zumbi dos Palmares participaram de uma editatona especial
organizada como parte do Projeto Afropédia — um projeto que busca ampliar a presença de
vozes negras na internet.
Com apoio de Pedro e Isabela, da equipe da Wikimedia Brasil, a atividade começou com uma
introdução à prática da edição na Wikipédia e à importância de representar a cultura negra de
forma qualificada e visível no ambiente digital.
Durante a noite, os estudantes mergulharam em temas que dialogam diretamente com o
cotidiano e as lutas históricas do povo negro no Brasil. Os verbetes criados ou ampliados
incluíram assuntos como o Movimento Mães de Maio, o Terreiro de Santa Bárbara, Racismo
algorítmico, Publicidade antirracista, o grupo Samba do Cruz e o projeto Afropaty — todos eles
conectados ao compromisso do projeto em destacar memórias, saberes e resistências negras.
Mais do que uma oficina de escrita, o encontro foi um exercício de construção de memória
coletiva e uma oportunidade concreta de reequilibrar narrativas em um dos maiores espaços de
informação do mundo.
O projeto conta também com a mediação educativa de Mario Nunes, da Afropedia, a convite
dos professores Odair Marques da Silva e Claudio Marques da Silva, coordenadores do
CEPRacial, Centro de Estudos e Pesquisas em Justiça Racial, Ambiental e Mudanças Climáticas
da Universidade Zumbi dos Palmares. A turma foi coordenada pela professora Mara Dubugras
Machado, coordenadora do Curso de Publicidade e Propaganda.

Essa foi apenas a primeira de muitas ações que ainda virão. A editatona na Zumbi dos Palmares
faz parte de uma série de atividades em homenagem ao legado de Zumbi e de outros marcos da
resistência negra, como a editatona de Sabinada, que também contempla esta nova fase do
Projeto Afropédia.
Sobre a Afropédia
A Afropédia é uma plataforma colaborativa dedicada à valorização e difusão dos saberes
negros, promovendo a inclusão de narrativas afro-brasileiras na construção do conhecimento
coletivo. Por meio de eventos, editatonas e parcerias institucionais, a Afropédia busca fortalecer
a memória, a cultura e a resistência das comunidades negras em todo o Brasil.
Contato:
● Email: afropedia.centropalmares@gmail.com
Site: Afropédia na Wikipédia
Instagram: @afropedia.wiki
Foto: Oficina Afropedia

Turismo em África – minicurso on line gratuito

Lançamos na plataforma Nutror um curso digital gratuito denominado “Turismo em África”. A proposta inicial é oferecer aos professores e estudantes dicas sobre como planejar uma viagem a um país africano. Certamente, não é pretensão dos vídeos do curso sanar todas as dúvidas, mas, de forma leve, mostrar imagens e dicas sobre situações de viagem e informações sobre algumas cidades africanas. Assim, também motivar os participantes do curso a viajarem a, pelo menos, um ou dois países, para ampliação de seu repertório cultural pessoal. São 6 vídeos de 10 minutos cada, em média. Um curso curto, que pode ser utilizado em sala de aula para atividades e práticas sobre a profissão de agente de turismo, ou mesmo para a singela apresentação de informações e conhecimentos sobre alguns detalhes de cidades africanas.

Ao final do curso os participantes recebem, automaticamente, seu certificado em formato digital.

Link para o curso gratuito, na página do site www.africaatual.com.br:

https://africaatual.com.br/index.php/cursos-e-palestras/

A expectativa é que se promovam novas pesquisas a partir do material apresentado e que ocorram boas rodas de conversa sobre os temas abordados.

 

Foto: Linda imagem de Addis Ababa/Etiópia @prof.odairmarques

Tecnologia inovadora em pagamentos de pequenos valores na Nigéria

O NIBSS está promovendo códigos QR como alternativa ao dinheiro para transações de pequeno valor após melhorar sua plataforma NQR. Engenheiros do NIBSS aumentaram a velocidade e a segurança dos pagamentos QR, eliminando consultas de taxas e reforçando autenticação. O NIBSS fez parceria com o governo de Lagos para testar pagamentos de contas via QR, com 750.000 contas pagas na primeira semana, além de desenvolver um produto USSD para telefones comuns.

Códigos QR são baratos, rápidos e permitem reversões instantâneas, com pagamentos feitos apenas via escaneamento no app bancário. Transações globais com QR devem crescer 50% até 2029, atingindo US$ 8 trilhões. Para impulsionar a adoção, o NIBSS colaborou com bancos como Sterling, UBA e Providus. O First Bank integrou pagamentos QR na página inicial do seu app, aumentando as transações, enquanto o Sterling Bank criou um app de auto-integração para comerciantes gerarem QR codes facilmente, similar ao modelo do Alipay na China.

Confirmação de transações é um desafio; fintechs como OPay e Moniepoint cresceram em 2023 oferecendo confirmações confiáveis. Para resolver isso, o Providus Bank introduziu recibos impressos para transações QR, enquanto o NIBSS desenvolve o NQR Soundbox para notificações por áudio. Caixas de som impulsionaram a adoção digital na Índia, como no caso da Paytm, que faturou US$ 150 milhões com esses dispositivos em 2023. A caixa de som NQR anuncia transações em inglês, cobrindo até 50 metros, e armazena logs para reconciliação.

O sucesso dos pagamentos QR depende da eficiência em oferecer segurança, velocidade e transparência aos comerciantes, o que pode criar um efeito de rede fortalecendo o NQR além do marketing tradicional.

Fonte:

https://techcabal.com/2025/02/10/nibss-bets-on-qr/?utm_source=techcabal.beehiiv.com&utm_medium=newsletter&utm_campaign=car-launches-a-meme-coin&_bhlid=105e212f478d8eebf6ce17b148deb068eec4860b

O Quênia e o lançamento de moeda digital.

O Quênia segue esse caminho após a Swypt, plataforma DeFi, lançar a cKES, primeira stablecoin do país baseada na blockchain Celo. A iniciativa junta-se a outras startups Web3 que adotaram a moeda.

Desenvolvida pela comunidade do ecossistema Celo com apoio da Celo Africa DAO e Mento Labs, a cKES integra-se a outras stablecoins como cUSD e cEUR. A escolha da Celo como base é estratégica por ser uma das redes mais baratas e eficientes para dApps de pagamento.

Lastreada no xelim queniano, a cKES teve lançamento discreto em 2024, com desafios de adoção, apesar do potencial em remessas. Sua expansão para mais plataformas pode impulsionar seu uso.

O cenário coincide com os esforços do governo queniano para regular criptoativos. Embora não seja oficial, o destino da cKES pode influenciar a postura do país sobre stablecoins privadas.

Surpreenda-se semanalmente com Notícias Africanas em Conexões Brasil e Áfricas. Publicadas em www.africaatual.com.br. Adquira o Atlas Geocultural da África e amplie o leque de suas informações.   

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Este boletim de notícias se insere no contexto do Projeto África Atual. Sua postagem será semanal, às quintas-feiras, no site www.africaatual.com.br. Outros espaços de informação: África Atual TV no Youtube, www.editoraeiros.com.br e mídias digitais coligadas. O propósito do boletim está em facilitar a sua pesquisa por informações inovadoras sobre os países africanos.  

Alertamos que não somos uma agência de notícias. Nosso propósito se adequa ao selecionar uma breve coletânea de informações inovadoras, por vezes não publicadas em mídias brasileiras, apresentando a você os links das fontes de informação, aproximando os leitores brasileiros de fontes africanas, facilitando pesquisas, subsídios às suas atividades e iniciativas escolares.  

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