Notícias Africanas
Conexões Brasil e Áfricas
Número 30 - Junho/2025
Inteligência Artificial e Universidades em África: Inovação e Impacto Social

Enquanto a inteligência artificial avança globalmente, universidades africanas estão se
destacando ao desenvolver soluções tecnológicas adaptadas aos desafios locais. De
diagnósticos médicos a conservação ambiental, esses projetos não apenas impulsionam
a pesquisa acadêmica, mas também trazem benefícios tangíveis para suas comunidades.
Como introdução à curiosidade em relação a estes avanços, selecionam-se sete casos de
sucesso que certamente irão surpreender o leitor.
O primeiro ocorre no Quênia, com as pesquisas relacionadas à agricultura avançada. Na
Universidade de Nairobi (www.uonbi.ac.ke), pesquisadores estão transformando a
agricultura através de IA. O projeto "AI for Agriculture" combina sensores IoT e
algoritmos computacionais para ajudar os pequenos agricultores a preverem suas safras,
otimizarem a irrigação e combater as pragas. Em um país onde o setor agrícola emprega
mais de 40% da população, essa iniciativa pode significar a diferença entre colheitas
abundantes e perdas devastadoras.
Do outro lado do continente, a Universidade de Pretória (www.up.ac.za), África do Sul,
está quebrando barreiras digitais com seu projeto “Deep Learning for African
Languages”. Focado em idiomas locais como zulu, xhosa e suaíli. O desenvolvimento
de modelos de processamento de linguagem natural (NLP) promete criar ferramentas de
tradução e assistentes virtuais que respeitem a diversidade linguística da África,
gestando passos cruciais para a inclusão digital em regiões onde línguas locais são
majoritárias.
Noutra referência significativa, a Nigéria avança em uma verdadeira revolução técnica
ao relacionar a IA aos diagnósticos médicos. O sistema de saúde nigeriano pode ganhar
um aliado tecnológico através do trabalho da Universidade de Lagos
(www.unilag.edu.ng). Seu projeto de IA para diagnóstico médico utiliza algoritmos de
visão computacional para detectar doenças como malária e tuberculose em exames de
imagem. Em um país com apenas 0,5 médicos para cada 1.000 habitantes, as
universidades estão abrindo novos cursos universitários de Medicina, com o objetivo de
formar médicos africanos à atenderem esta demanda, sem deixar de recorres as novas
tecnologias, pois podem salvar vidas ao agilizar diagnósticos em áreas remotas.
Há muito o Egito percorre novas fronteiras ao desenvolvimento econômico, os museus,
as pirâmides e sua história ainda são fonte de renda ao turismo e ao PIB, mas a
construção da nova capital, ao custo de bilhões de dólares avança rapidamente. Em um
de seus projetos sofisticados para enfrentar o caos no trânsito nas cidades se encontra o
ambicioso projeto da Universidade Americana no Cairo (www.aucegypt.edu).
Utilizando redes neurais e análise de dados em tempo real, os pesquisadores
desenvolvem um sistema inteligente para gerenciar semáforos e fluxo veicular. Se bem-
sucedido, o modelo poderá ser replicado em outras cidades africanas que enfrentam
problemas similares de mobilidade urbana.
Em referência a natureza exuberante, a tecnologia também está a serviço dos parques
nacionais e dos patrimônios ecológicos. Na Universidade da Cidade do Cabo
(www.uct.ac.za), África do Sul, a IA vem sendo empregada em uma missão crucial:
proteger espécies ameaçadas. Através de algoritmos que analisam imagens de drones e
câmeras escondidas, os pesquisadores conseguem monitorar rinocerontes, leopardos e
outros animais, fornecendo dados valiosos para os esforços de conservação. Em um
continente que abriga alguns dos ecossistemas mais ricos do planeta, essa aplicação
tecnológica assume especial importância.
O setor financeiro também está sendo transformado, como mostra o trabalho da
Universidade de Gana (www.ug.edu.gh), com a meta de democratizar os sistemas de
crédito. Seu projeto de avaliação de crédito baseado em IA utiliza dados alternativos,
como histórico de transações móveis, para oferecer serviços financeiros à população não
bancarizada. Essa abordagem inovadora pode impulsionar a inclusão financeira em um
continente em acelerado processo de desenvolvimento econômico.
Enfim, encerrando esse breve panorama, a Universidade de Stellenbosch
(www.sun.ac.za) está aplicando IA no setor de energias sustentáveis. Seus
pesquisadores estudam e desenvolvem algoritmos para prever falhas e otimizar o
desempenho de redes de energia renovável, contribuindo para a transição energética da
África do Sul, um país que ainda depende majoritariamente da importação de energia
elétrica de outros países, entre estes de Moçambique, e de energias fósseis para atender
a sua população.
Embora promissores, esses projetos enfrentam desafios comuns, ampliar parcerias
institucionais que os fortaleçam e os ampliem, principalmente o intercâmbio sul-sul, e
ampliar as colaborações entre países, governos, setor privado, organizações sociais e
instituições acadêmicas. Caso tenha interesse em ampliar suas informações, citam-se o
livro “Atlas Geocultural da África” e o site africaatual.com.br como fontes de outras
informações inovadoras sobre a África. O que fica demonstrado, porém, é que as
universidades africanas estão escrevendo um novo capítulo na história da IA, um
capítulo onde a tecnologia serve não apenas ao progresso científico, mas às
necessidades mais prementes das suas populações.
Fonte:
https://noticiapreta.com.br/inteligencia-artificial-e-universidades-em-africa-inovacao-e-
impacto-social/
Turismo em África – minicurso on line gratuito

Lançamos na plataforma Nutror um curso digital gratuito denominado “Turismo em África”. A proposta inicial é oferecer aos professores e estudantes dicas sobre como planejar uma viagem a um país africano. Certamente, não é pretensão dos vídeos do curso sanar todas as dúvidas, mas, de forma leve, mostrar imagens e dicas sobre situações de viagem e informações sobre algumas cidades africanas. Assim, também motivar os participantes do curso a viajarem a, pelo menos, um ou dois países, para ampliação de seu repertório cultural pessoal. São 6 vídeos de 10 minutos cada, em média. Um curso curto, que pode ser utilizado em sala de aula para atividades e práticas sobre a profissão de agente de turismo, ou mesmo para a singela apresentação de informações e conhecimentos sobre alguns detalhes de cidades africanas.
Ao final do curso os participantes recebem, automaticamente, seu certificado em formato digital.
Link para o curso gratuito, na página do site www.africaatual.com.br:
https://africaatual.com.br/index.php/cursos-e-palestras/
A expectativa é que se promovam novas pesquisas a partir do material apresentado e que ocorram boas rodas de conversa sobre os temas abordados.
Foto: Linda imagem de Addis Ababa/Etiópia @prof.odairmarques
Surpreenda-se semanalmente com Notícias Africanas em Conexões Brasil e Áfricas. Publicadas em www.africaatual.com.br. Adquira o Atlas Geocultural da África e amplie o leque de suas informações.
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